A Crise do Petróleo dos anos 1970 foi um dos divisores do status quo de boa parte do mundo. Entra-se aí a dependência de muitos produtos derivados do petróleo; com especial destaque para a gasolina.
Antes desse período conturbado, o preço da gasolina era barato. Esse cenário favorável fez com que o mundo se moldasse em uma certa comodidade. Isso é refletido em como os carros antigos foram feitos: podemos encontrar uma despreocupação em fazer carros econômicos e com uma mínima aerodinâmica, que impacta no consumo de combustível.
No que diz respeito à aerodinâmica, estava restrita a carros esportivos e caros. Fora isso, era extremamente onerosa a produção de carros com curvas. É aí que há o surgimento de inúmeros carros quadrados.
Com essa comodidade e despreocupação, o aumento súbito do preço do barril de petróleo afetou o sangue da economia mundial, afetando o bolso dos consumidores e das indústrias nos mais variados produtos e sentidos: comida, transporte pessoal, frete, entre outros.

Como forma de contornar isso, houve a necessidade incentivar carburantes alternativos não derivados do petróleo. No Brasil, o governo militar incentivou a produção de etanol, um biocombustível. Em 1975, o presidente Ernesto Geisel assinou o decreto nº 76.593 instituindo o Programa Nacional do Álcool (Proálcool).
O programa foi feito em conjunto entre os ministérios da Fazendo, Agricultura, Industria e do Comércio, Minas e Energia, do Interior e da Secretaria de Planejamento da Presidência da República.
Do programa, surgiu o álcool oriundo da cana-de-açúcar, as empresas começaram a adaptar os motores para receberem o etanol. Depois houve o surgimento do motor a álcool, feito pelo engenheiro Urbano Ernesto Stumpf.

Ainda que o preço do barril de petróleo, e consequentemente do preço da gasolina tenha se normalizado, os biocombustíveis seguem com grande poder no mercado. O principal fator também graças a ser um preço mais barato, ainda que não tenham a mesma eficiente energética do que a gasolina, além também do surgimento dos motores flex.
Atualmente o Brasil é o segundo maior produtor de etanol combustível do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Enquanto o etanol nacional é produzido a partir da cana, e nos EUA, a partir do milho.
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